É estranho e um pouco receoso fazer entrevista a um jornalista, você fica se perguntando se formulou as perguntas de maneira correta, ou abordou os temas principais...
Mas lá vamos nós!! O badalado do dia é o autor Sérgio Pereira Couto ...
Na
verdade foi o contrário. Eu desde pequeno sempre comecei escrevendo
histórias e contos, mas depois vi que não queria ficar apenas na ficção.
Também gostava de pesquisar e descobrir detalhes sobre as coisas que
não eram muito divulgados. Aí me veio a
ideia de começar a fazer relatórios sobre as coisas que descobria nas
minhas leituras e consultas a acervos de jornais e revistas. Foi quando
descobri que precisava da metodologia para transformar aquilo em algo
aproveitável e veio a ideia de me tornar jornalista.
2-Por que a escolha por temas como a maçonaria, o simbolismo, sociedades secretas ou nações que possuem histórias marcantes?
Pelo
fato de que percebi que são temas cativantes e que nunca (ou quase
nunca) possuem uma obra do tipo “introdução a”. Recentemente tive acesso
à coleção For Dummies
(que aqui saiu com o nome de Para Iniciantes) e era uma ótima ideia
pegar aquela abordagem e aplica-la a temas como os que eu pesquisava.
Fizemos algumas incursões editoriais com sucesso e, ao ver que o público
gostava de livros assim (simples e que explicassem em poucas páginas o
que a maioria leva volumes e mais volumes), foi decidido continuar nessa
linha.
3-A escolha pelo estilo musical “Rock” vem por seu gostar ou pela influencia deste à sociedade?
Pelos
dois. Sou roqueiro há anos e defendo o rock como mais do que um
movimento musical. Para mim é uma ideologia muito complexa que a maioria
das pessoas não consegue captar porque não há aqueles que a explicam.
Fora isso é o movimento musical que mais influenciou o mundo e a
história moderna em todos os sentidos, do comportamento à filosofia, da
cultura ao modo de vida.
4- Todo autor tem carinho por suas obras, qual livro foi mais marcante para você? E o seu ponto de vista sobre ele?
Sem dúvida foi O Rock Errou?, que
lancei no ano passado, sobre as lendas urbanas do rock. Sempre fui
fascinado em saber (ou tentar entender) como elas começaram e o que
levou as pessoas a criarem tantos “causos”. Tenho material aqui comigo
para lançar pelo menos mais uns nove volumes sobre o assunto, mas
aguardo uma posição da editora sobre o assunto. E, com certeza, com o
passar do tempo, a coisa só tende a aumentar, pois novos “causos” vão
surgindo.
5-Como surgiu o Grupo Polígrafos (devo dizer que o tema me atraiu)?
O
grupo foi uma tentativa de iniciar um circulo interessado em estudar e
analisar a literatura policial, um gênero ainda pouco difundido por
aqui. Infelizmente não deu certo por absoluta falta de interesse das
pessoas, que não compareciam nem nos cursos administrados nas
bibliotecas públicas, como os que foram
dados na biblioteca Paulo Setúbal, na zona leste de São Paulo. Hoje a
ideia do grupo evoluiu e assumiu a forma do Clube de Leitura Policial,
que acontece todo mês na Livraria Saraiva do shopping Páteo Paulista.
6-O que você acreditar fazer de melhor: escrever livros, artigos ou ministrar palestras e cursos?
Procuro
sempre dar o melhor de mim em tudo que eu faço. Não gosto muito de
analisar isso pelo meu ponto de vista porque parece que você prioriza
uma atividade sobre a outra. Sou um profissional de escrita e
informação, por isso me aplico a tudo que diz respeito a essa dicotomia.
7-Com o foi sua infância relacionada aos livros?
Muito
boa. Tive acesso a muitas bibliotecas públicas e havia antes muito
incentivo à leitura, bem mais do que nos dias de hoje, onde as pessoas
passam mais tempo conectados
e ligados a seus smartphones do que com um livro embaixo do braço.
Houve épocas em que lia a obra inteira de Monteiro Lobato em apenas dois
meses. E ainda era mais fácil encontrar pessoas que tinham os mesmos
interesses do que hoje em dia.
8-Há algum tema que ainda não abordou, mas gostaria muito de escrever sobre ele?
Vários.
Muitos ainda estão em fase de pesquisa, mas posso garantir que alguns
como sociedades secretas e história do rock não vão parar de render enquanto houver atividades em andamento.
9- Sua opinião sobre “Brasileiro x Leitura”.
A
pior possível. Infelizmente estamos num país onde as pessoas tem
preguiça de ler legendas em filmes, então o que vai dizer de um livro. E
pior ainda: apesar disso, ainda temos que lidar com o preconceito do
público, que só se interessa por livros de moda (vampiros, lobisomens,
eróticos) e esquece que existem outros gêneros. Isso sem falar que o
escritor nacional é considerado o lixo dos lixos e muita gente torce o
nariz só de saber que tal livro, por melhor e mais bonito que seja, é
nacional, “então não presta”.
Rapidinhas
Música: Break on Through – The Doors (Jim Morrison é meu ídolo máximo)
Momento: A publicação do meu primeiro livro, em 2004.
País: Inglaterra, berço das maiores bandas de rock do mundo.
Palavra: Angst – o momento em que todo escritor passa ao se dedicar a um projeto.
Família é: um mal necessário.
Oi Eli, tudo bom? Adorei a entrevista de hoje.. Não conhecia o autor e nem suas obras. Legal saber da influência do Rock em suas obras e também do seu outro eu escritor, o jornalista, rs. Não concordo com a colocação de família ser um mal necessário... Mas, vai saber, né?
ResponderExcluirBeijo grande.
Thati;
http://nemteconto.org
Sou fã do Sergio por causa dos livros Sociedades Secretas.
ResponderExcluirE recentemente li um livro traduzido por ele, um ótimo trabalho.
Adorei a entrevista, apesar de não concordar com ele em alguns pontos de vista
:g
♫ Conversas de Alcova ♫
Muito bommmm, adoreiiii
ResponderExcluirBem interessante!! Amei
ResponderExcluirBem legal!!!
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