12 de jun. de 2015

Resenha: Cidades de Papel - John Green


Título: Cidades de Papel
Autor: John Green
Nº de Páginas: 251
Editora: Intrínseca

Cidades de Papel, publicado em 2008 pela editora Intrínseca no Brasil, escrito pelo célebre John Green, que se consagrou com a obra que virou filme, “A Culpa é das Estrelas”. Entretanto este livro se distancia bastante da proposta apresentada n’A Culpa é das Estrelas, e sendo mais parecido com “Quem é Você, Alaska?”. Tá confuso? Então senta aí que eu vou explicar.
O enredo se desenrola em Orlando na Flórida, terra do nosso queridíssimo Mickey. Contando a história de Quentin, mais conhecido simplesmente como Q, e suas experiências com seus amigos em seu último ano de colegial e preparação para o ingresso na Universidade.
Tudo começa com Quentin ainda criança brincando com sua amiguinha Margo em um parquinho, até que eles encontram um homem que aparentemente cometeu suicídio. Desde esse momento já é perceptível que Margo tem um espírito mais aventureiro, querendo desvendar o que aconteceu a este homem, enquanto Quentin, já se mostra uma personagem muita mais serena e tranquila, querendo só acionar as autoridades e deixar pra lá. Mas essa amizade de infância não se perpetuou.
Quentin cresceu, fez novos amigos, se tornou um bom aluno de sua escola, com boas recomendações e notas para ir para a faculdade, enfim, sua vida tomou o rumo que já parecia ter sido definida desde sempre. Até o dia que aquela menina da infância, a Margo, aparece em sua janela durante a madrugada, como se a amizade de infância nunca tivesse morrido, e o convida (para não dizer o obrigado) a embarcar com ela numa aventura pela madrugada. Quando amanhece, ambos em casa, se despedem, e mal sabe Quentin que ela realmente estava se despedindo, para desaparecer.
A partir daí a vida de Quentin vira de cabeça pra baixo. O garoto fica literalmente obcecado em encontrar a moça, que deixou uma sequência de pistas em que só ele conseguiria decifrar, que supostamente levariam até ela. Lógico, que Quentin não está sozinho nessa, ele conta com seus amigos Radar, Ben e Lacey.
Pra descobrir mais alguma coisa, ÓBVIO que você vai ter que ler e tirar suas próprias conclusões. ;)
John Green conta com uma narrativa em primeira pessoa muito leve e descontraída, mas ao mesmo tempo, não é rasa e boba como é encontrado em muitos livros para este público alvo. Além disso, é perceptível algumas semelhanças com sua obra “Quem é você, Alaska?”, como por exemplo a personalidade dos personagens, o menino, um nerd mais passivo, e a menina, impulsiva e de personalidade marcante. Também é possível observar o ambiente, ambos se passam em maior parte dentro da escola ou em locais que remetem pessoas da escola. E o mais importante, o ritmo de leitura é bem parecido, onde o autor introduz as pesonagens, cria uma situação que culmina em um acontecimento, e esse acontecimento que desencadeia o resto dos fatos.
Mas e aí, onde está o valor da obra?
O autor mostra para nós uma escrita boa e consistente, além de diversas referências interessantes em literatura, música e cultura em geral, que talvez seja importante ser mostrado aos jovens leitores de seus livros. Mas neste livro em particular, o mais importante são algumas lições que as personagens vão instilando pouco a pouco durante o desenrolar da narrativa. E coloco ênfase na metáfora do espelho em que o pai do protagonista que é psicologo diz:


“Quanto mais eu trabalho, mais percebo  que os seres humanos carecem de bons espelhos. É muito difícil para qualquer um mostrar a nós como somos de fato, e é muito difícil mostramos aos outros o que sentimos.”
Cidades de Papel - John Green (p. 161)

O livro merece uma atenção. Se você ainda não deu uma olhada no que o John Green tem a oferecer, dá uma chance. Deixa o preconceito de lado, veste sua máscara de adolescente e encara essa história que apesar de ser leve, tem algo a dizer Aproveite que o filme está para estrear no próximo mês nos cinemas.
Abaixo segue o trailer oficial do filme, vale a pena conferir. Parece que vai estar bem fiel ao livro.



6 comentários:

  1. Gostei da sua resenha, eu particularmente esperava bem mais desse livro, mas foi uam leitura agradável, mas nada que me surpreendeu, mas confesso que não vejo a hora de ver a adaptação para o cinema, amei os atores e acho que vai/ já ficou ficar bem bacana! *-*

    Beijos
    http://tamigarotaindecisa.blogspot.com.br/

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    1. Obrigado, querida. :)
      Já eu esperava menos do livro, achei que ia ser bem fraquinho e acabei achando beeem legalzinho. Melhor que muita coisa do gênero. E tenho a leve impressão que esse filme ficou mais atrativo que o livro, vamos ver... hahahaaahua

      Bjs :)

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  2. Olá, Vinícius! Como vai?

    Gostei muito de sua resenha, aliás, é a primeira resenha que vejo o potencial deste livro, pois antes, lendo outras resenhas ainda não tinha me empolgado para ler "Cidades de Papel".

    Visite-nos e caso queira, siga-nos:
    Irmãos Livreiros

    Abraços! :)

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    1. Opa, Daniel!

      Muito obrigado pelo elogio, fico feliz que tenha gostado.
      Tô olhando seu blog/canal agora e tá tudo muito bacana mesmo. Continue produzindo conteúdo e sucesso pra você!

      Abraços. :)

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  3. Heey!
    Eu já li a maioria dos livros do John e devo dizer que não curti muito os livros dele... Eu gostei muito de A Culpa é das Estrelas e então resolvi ler Cidades de Papel, eu acho que fui com muita sede ao pote, fiquei um pouco decepcionado. Mas é sempre bom ler outras opiniões rsrs
    Abraços!!
    Blog - Desbravando o Infinito

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    1. Oi, Guilherme!

      Eu comecei lendo "Quem é Você, Alaska?" e gostei bastante, resolvi desbravar a bibliografia dele. Não li ainda "A Culpa é Das Estrelas", não tive muito interesse por causa da enxurrada de coisas sobre que saiu por causa do filme. Mas pretendo ler mais pra frente. ^^

      Abraços :)

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