Como prometi, está ai minha "estante" atualizada. São 74 livros dos mais variados gêneros e das mais variadas editoras. Mande a foto de sua estante para o inbox de nossa fan page que postaremos lá na page.
31 de mar. de 2014
30 de mar. de 2014
Resenha - Quem é você, Alasca?
Título: Quem é você, Alasca?
Autor: John Green
Nº de páginas: 230
Selo: wmf martinsfontes
“...se as pessoas fossem chuva, eu seria a garoa e ela, um furacão”
O que podemos
encontrar no primeiro romance de John Green, esse escritor brilhante conhecido
no mundo tudo?
Miles Halter é
um garoto no colegial que está em busca de um Grande Talvez. Um admirador de
famosas últimas palavras ele escolhe finalizar seu ensino médio em um colégio
interno de grande prestígio para poder mudar o sentido da vidinha pacata que
ele julgava viver. Porém, mal sabe ele que esta escolha pode muda-lo
radicalmente.
Sendo um
garoto magro, alto e desajeitado, é apelidado de Gordo por seu colega de quarto
e futuro melhor amigo, Chip, o Coronel. Assim, é introduzido a uma nova turma
de amigos, onde junto com ela terá suas primeiras experiências. Tais como:
bebidas, cigarros, brincadeira, festas, primeiras relações e tudo que um
adolescente longe das asas dos pais tem direito.
Alasca Young é
uma garota inteligente, idealista e muito sexual. Não podemos culpar o pobre Gordo
de se apaixonar por ela desde a primeira vez que a viu e criar uma triste
ilusão dentro de si que a conhece, mesmo com todo o ar misterioso que ela
preserva em sua volta, mas um acontecimento completamente inesperado coloca a
prova este conhecimento.
Será que ele,
junto com seu pequeno círculo de amizade, conhece de fato Alasca Young? Será
que Miles Halter conhece pelo menos a si mesmo realmente?
Eu
me fiz esta mesmas perguntas quando terminei de ler este livro. Quem é você, Alasca? nos mostra uma realidade
bem parecida com a nossa, enquanto jovens. Tudo pode aparecer em um passe de
mágica na sua vida, mas também tudo pode sumir com a mesma rapidez. Este fato
nos faz questionar sobre se realmente conhecemos as pessoas e se vale a pena
conhece-las, já que tudo que queremos um dos outros é a companhia agradável e
nada mais. Vejo neste livro que não é necessário conhecer detalhadamente sobre
a vida de um amigo para assim poder dizer que é um amigo.
Precisamos
conhecer só o que queremos conhecer sobre uma pessoa e só precisamos saber o
que esta pessoa quiser que nós saibamos sobre ela.
Confuso,
não? Porém verdade.
29 de mar. de 2014
Resenha - O menino do pijama listrado
Título: O Menino do Pijama Listrado
Autor: John Boyne
N° de páginas: 192
Selo: Cia. das Letras
Sinopse via Skoob:
Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz idéia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga.
Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.
O menino do pijama listrado foi um dos livros mais rápidos que li, a história se passa durante a Segunda Guerra Mundial. Conta a história de um menino alemão chamado Bruno que mora na Alemanha e se muda para uma casa próximo a um campo de concentração, pois seu pai, um general nazista foi designado a comandar aquele local. Bruno tem um espírito aventureiro e explorador, que em uma de suas aventuras, conhece Shmuel, um garoto judeu que ficava na parte de dentro do campo de concentração e usava roupas parecidas com pijamas.
Toda história é contada aos olhos de Bruno, que tem um olhar inocente e preconceituoso, porém, essa característica se dá pelo ambiente que o menino foi criado.
A história tem como personagem principal a AMIZADE, pois os dois meninos que estavam fadados a serem grandes inimigos naquela sociedade, rompem isso com toda a inocência infantil.
O fim é triste e te faz pensar como aquilo acontecia naquela época. O livro me fez ver o período da Segunda Guerra com outros olhos, me fez pensar se aquilo poderia realmente ter acontecido.
E sobre a parte técnica, a capa é muito bonita, e a organização sem erros torna a leitura mais agradável.
Fanfic - Sobreviventes do Apocalipse - Capítulo 12
Capítulo 12 - Batalhas e Escolhas
Logo ao desmaio dos dois sobreviventes do apocalipse na capital capixaba, Vitória descera armada com duas pistolas com silenciador presas a coldres amarrados as pernas e uma Katana - uma espada japonesa - bem afiada nas costas. O baiano se posicionou na proa do iate, deitado, com um suporte para a mira de um rifle de alta precisão. A jovem nascida em Pelotas continuou até a garota de blusa vermelha caída por cima de seu próprio bastão enquanto Vinicius cobria sua retaguarda e observava a movimentação ao entorno de Cássio. Pâmela ainda descansava quando surgiu no horizonte um jovem de apenas quinze anos, com um porte físico invejável. Ele tinha as mãos seus dois cassetetes sujos de sangue. A gaúcha imediatamente virou-se e os olhares de ambos se cruzaram.
– Vit – disse Vinícius pelo rádio – Se atenha a missão, afinal temos que colocá-los no iate.
– Ok Vini – respondeu a garota ainda olhando para Cláudio – Reconhece minha face padre das covinhas?
– Reconheço mais o seu corpo, Vitória Freitas.
O adolescente nunca esqueceria um corpo como o daquela gaúcha. Ela o fazia delirar de tão bela que era. Já ela, o achava fofo e tranquilo bem como um cara que sabia ser safado e brincalhão nas horas certas e que tinha o discernimento necessário a distinguir a brincadeira da coisa séria.
– Ajude aqui a Pam enquanto eu vou verificar seu amigo caído de exaustão ali.
Cláudio analisou a linda mulher de cima para baixo. Ele a desejava e a carne era muito fraca... Já o baiano simplesmente fechou os olhos e guardou seu rifle, pois não era mais necessário ele cobrir ninguém com várias pessoas podendo cobrir elas mesmas. Iria manobrar o imenso barco para ficar próximo à costa e facilitar a embarcação dos três os quais se encontravam fora, no continente. Imaginou o que se passava no Rio de Janeiro e as suas amigas Julia e, claro, a pessoa que ele fora buscar no Rio Grande do Norte, Jaqueline. O homem viu o rádio e pensou em se comunicar com a líder da resistência Carioca: uma mulher que atendia pelo nome de Juno. A mãe dos deuses do panteão romano dava o apelido para uma jovem adulta de vinte e dois anos, natural do próprio rio. Pediria notícias das duas se possível. O problema era que o fornecedor de materiais a resistências de todo o Brasil não ia com a cara da organização carioca.
À medida que Vitória ajudava o paraense das armas se levantar e a andar novamente, o organizador daquilo tudo se lembrou de como ele começou a não querer se envolver com Juno. Primeiramente, fora por causa de seus oficiais radicais os quais não respeitavam mesmo os direitos humanos. Direitos humanos não existiam em tempos como aqueles, em tempos de ameaça a sobrevivência da raça humana, tendo em vista a possibilidade do sacrifício de pessoas que nada podem fazer frente a uma horda de centenas de milhares de zumbis. Juno conseguia na medida do possível controlar Alberto, Franco e Ricardo, só que os três já haviam feito atrocidades com os próprios companheiros. E isso o jovem baiano não perdoou e nunca mais parou no Rio. Culpava Juno pela inaptidão de liderança. Ainda que ela não tivesse culpa frente à força e o conhecimento de sobrevivência principalmente de Ricardo, um coronel das forças armadas.
Esquecendo-se um pouco dos problemas, recebeu uma mensagem enigmática de seu “amigo” Thanos. Ele pedia para que ele aportasse em uma das ilhas paulistas e lá ficasse por dois meses. Praticamente ordenou uma busca a um baú dourado onde continha algumas pistas sobre o controle da enzima que fazia as pessoas tornar aquilo chamado de supersoldados. Se os estudos estivessem certos, haveria num futuro uma cura. Só que Vinicius ficou com uma pergunta permeada em sua mente: Existia um laboratório em funcionamento no mundo para uma cura?
Observou Vitória trazer os três sobreviventes da cidade que levava o nome dela. Uma cidade cujo significado trazia esperança a humanidade. O baiano sorriu ainda que fosse cedo para ter certa alegria...
– O Brasil sem um pouco de alegria não é o Brasil que eu conheço
Disse a si mesmo quando todos pisaram os pés no Iate de luxo pegado da costa de seu estado. Só queria notícias de outros centros urbanos. E claro, notícias de duas pessoas especiais...
Ligando o motor, quatro sobreviventes do atual apocalipse seguiram para construir uma nova história. O que Vinicius, Vitória e toda a equipe não esperavam era por pedras no meio do caminho.
***
Em um lugar localizado próximo a serra carioca havia uma cabana. Uma cerca elétrica a separava das aproximações improváveis de um ou outro morto-vivo que subisse o morro e de alguma forma invadisse o terreno. Tudo fora feito minuciosamente a fim do casal Carol e Anderson ter um pouco de privacidade, pois eles iriam reiniciar uma sessão de tortura a qualquer momento. O tempo era o grande aliado dos dois soldados enviados pelo aclamado “Governador” cujo objetivo seria capturar as poucas pessoas da população brasileira que detinha o gene divergente. Elaine sofreria as consequências de ser uma conhecida de uns e amiga de vários outros os quais ou eram divergentes ou possuíam conhecimento de onde eles estavam. Cláudio Rosário, Jaqueline Saraiva, Julia Dalboni, Marcela da Fontoura, Elileudo Júnior e, por fim, um dos homens que aparentemente era ligado ao mensageiro da morte, contudo um conflito de interesses o fez desistir da parceria. Um dos maiores conhecedores sobre o vírus do supersoldado. Vinicius Ribeiro.
Desde o sequestro, Anderson adotara um método diferente de tortura. A prática não envolvia esforço, sangue e truculência física nenhuma. Apenas se colocava um prisioneiro amarrado numa cadeira com o pescoço travado numa espécie de forquilha embaixo de uma torneira que pingava apenas uma gota incessantemente a cada cinco segundos. Elaine era a prisioneira e a tortura parecia ser inofensiva e tranquila para suportar...
Ela não se movia e nem mudava a posição da cabeça, já que seu pescoço ficava travado numa forquilha e seu corpo amarrado numa cadeira. O som da gotícula ininterruptamente começa a se transformar aos poucos num tambor dentro da mente do prisioneiro. O tímpano era afetado, uma terrível labirintite surgia causando tonteiras e enjoo, e o cérebro começava a querer reagir. A garota sentia-se dessa forma, a deleito do torturador e um surgimento de um sentimento de pena de Carol para com a catarinense.
Quando ela desistiu de ser forte e contar tudo a respeito das divergentes que conhecia, a conterrânea de Vinicius logo de imediato a retirou da cadeira e cuidou. A fragilizada Elaine disse tudo o que o cearense braço-direito do “Governador” queria saber. Jaqueline e Júlia eram realmente divergentes e não quiseram seguir com a política adotada por Juno a respeito da divisão do trabalho e do sacrifício de pessoas inaptas à luta e a algum serviço dentro da comunidade. A segunda reuniu um grupo de pessoas e fugiu com um grande número de armas e equipamentos. A carioca ficou e caiu prisioneira, porém a loira Jaque teve uma excelente ideia e ela pôde libertar sua companheira. O problema é que houvera uma explosão muito forte, hordas apareceram e elas se separaram.
A informação levou dois grandes meses para ser retirada por completo e a condição física e mental da garota estava muito debilitada e seus dizeres só puderam ser interpretados com a ajuda de Carol, que se tornou uma excelente amiga e psiquiatra nas horas vagas. Anderson Morais tinha um trabalho a fazer agora e iria usar Elaine a cumpri-lo, porém primeiro tinha que saber se seus planos nos outros locais, principalmente quando o assunto era o mais difícil divergente a se aproximar...
***
Marcela caiu no tatame enquanto Bianca lutava um homem duas vezes maior que ela. A garota nem parecia que começara a praticar artes marciais há algum tempo. Estava vestindo um top preto e um short de malhação. Seu oponente era um homem musculoso sem camisa e short escrito MMA...
– Por que a Bia está mais habilidosa do que eu senhor Bruno? Depois de apenas dois meses de treinamento?
– Ela pega rápido. E ela usa o que tem de melhor
– O que seria? – disse a divergente levantando-se.
– O que você usa de menor. Você quer a força, seus golpes são potentes e atingem os lugares certos, só que você se movimenta pouco. Tem que ser rápida o suficiente para esquivar dos ataques e não tentar defendê-los. Não adianta ter força e não ter habilidade. Preste atenção.
Bruno apontou com a cabeça para a continuação da luta da amiga da pequena gaúcha. Quando o homem a ataca pela frente, ela então simplesmente se esgueira por entre as suas pernas, deslizando no chão e indo parar atrás do gigante musculoso. Com essa vantagem, aproveitou a abertura para chutar a junta de seu joelho por trás, deslocando sua perna direita. Depois desse movimento, com o homem já caído, desferiu um golpe na costela do homem que acabou por se contorcer de dor... Após isso ela pula por cima da cabeça do gigante e desfere uma sequencia de quatro joelhadas em seu rosto derrubando por completo. Bianca Camolesi aprendeu tudo o que o general catarinense tinha que ensinar. Estava completa para a chegada do estrategista baiano ao que quer que fosse.
Marcela se impressionou com a habilidade da amiga e se virou para seu mentor.
– Chefe... Como eu faço para divar assim?
– Simples – ele sorriu – Siga meus passos.
E desde aquele dia, a gaúcha de Viamão passou a treinar mais todos os dias...
Fanfic - Sobreviventes do Apocalipse - Capítulo 13
Capítulo 13 - Dois Meses
Nesses dois meses não havia praticamente informação do que aconteceu com a organização social que liderava parte da capital carioca. Após a explosão orquestrada por Elaine e Carla com o intuito de resgatar Júlia das garras do grupo encabeçado por uma mulher chamada Juno, todos os membros dissidentes aproveitaram para fugir. Seja para o norte, seja ao interior, seja a alguns lugares marítimos do estado mais falado do Brasil. As divergentes junto com sua equipe notaram a falta da catarinense – a mesma que fora sequestrada por Anderson – e foram a sua procura por incessantes três dias e três noites. Percebendo a busca inútil, Júlia ordenou que eles fossem para o interior do território.
Dois meses se passaram de caminhada. Elas encontraram outros sobreviventes em seu caminho e o grupo ficou mais encorpado ainda que a morte de Tuco e de sua esposa pairassem como um lembrete que não poderiam abaixar a guarda de nenhum jeito. Uma coisa perceptível a qualquer um que os encontrasse era a faixa etária do grupo. A mais velha tinha vinte e dois anos. A própria líder tinha idade na casa dos vinte e muitas crianças e pré-adolescentes caminhavam entre eles. Cada um com diferentes histórias, porém no geral basicamente todos tinham um ponto de partida: Logo após o evento que mudou o mundo, eles perderam os pais e precisaram sobreviver – a maioria sozinha. Isso fazia Júlia ter algumas ideias sobre o vírus, todavia teria que conversar com quem sabia mais a fim de ter alguma certeza.
Espalhando a morte deles aos quatro cantos, o grupo de cerca de vinte pessoas chegaram a uma cidade histórica de Minas Gerais. Passaram por Ouro Preto e sempre seguiram a Rodovia dos Inconfidentes contornando o Parque Estadual do Itacolomi até chegar à cidade de Mariana, em Minas Gerais. Jaqueline lembrou que aquela cidade era a de Isadora e sua irmã Fernanda, e isso fez com que todos acampassem por um tempo naquela localidade.
Mariana basicamente era uma cidade cujas ruas eram estreitas e cheias de ladeiras. A movimentação era difícil e facilmente se podiam ver pessoas arfando por não estar à acostumada a subir ou descer morros. A líder daquele grupo não estava gostando do que vendo, pois uma horda aniquilaria facilmente um grupo grande como aquele, levando em conta os poucos espaços a se escapar...
– Jaque – disse Júlia parando em uma rua chamada Dom Viçoso – O que acha de fazermos uma base aqui? Ao menos para ver o que aconteceu com a Isa?
– Não sei Ju – disse a loira amarrando novamente seus cabelos e colocando soqueiras em suas mãos – Mas se quiser averiguar a situação sou amplamente a favor dessa decisão.
– Daqui dá para ver uma igreja... Vamos para lá e montar uma base de operações então...
Nesse momento, Carla e mais dois homens encontrados no meio do caminho chegaram a próximo das duas.
– Por que paramos por aqui? – indagou a mulher.
– Queremos procurar pela Isa.
– Mas o que te garante que a garota não tenha morrido no apocalipse? – um dos homens cruzou os braços e questionou a decisão – Você não está pondo nosso grupo em risco Júlia?
– Pode ser. Só que aqui temos um risco e uma vantagem – observou enquanto caminhava apontando aos lugares – Se uma horda atacar só tem como ir à frente, entretanto em compensação, os próprios zumbis podem chocar-se uns com os outros dado espaço curto bem como dificuldades a subir graças a características da cidade de ladeiras. Quero verificar aquela igreja e fazê-la como base de nossas operações da cidade.
– Quantos dias você quer ficar? – perguntou outro rapaz, menor, contudo um pouco mais forte que o mais alto.
– No máximo uma semana – respondeu rapidamente a garota.
– Então iremos adquirir suprimentos e algumas roupas novas enquanto vocês procuram sua amiga, certo?
– Exatamente...
A resposta de Júlia deixou os dois rapazes mais tranquilos. Eles só queriam ter certeza que eles poderiam ficar em segurança à medida que elas procurassem por Isa.
– E como se dará isso? – Carla perguntou olhando para os dois homens se aproximando do grupo a dar as boas novas.
– Preciso arranjar um mapa da cidade. E a partir daí concentramos as buscas. Não precisa ser muita gente, só nós duas mesmo. Até por que a cidade não é muito grande e só nós três a conhecemos ainda de forma indireta.
– Ju – disse Jaqueline se alongando – Vamos logo antes que escureça e fique quase impossível de achá-los.
– Tudo bem.
Ela assobiou e o grupo a seguiu. O local escolhido a base de operações seria uma das diversas igrejas da cidade: A de São Francisco de Assis.
***
Nesses dois meses de sobrevivência, Isa e Elileudo passaram a treinar exaustivamente por si só. Uso de armas brancas, tiros com armas de fogo e frequentemente se jogavam em hordas de zumbis com um objetivo simples de aniquilá-los. Sabiam que não era o suficiente justamente visto que além desse inimigo da raça humana, as pessoas com uma consciência contorcida do mundo em que viviam eram os piores inimigos. O que acontecia com uma pessoa que simplesmente queria dominação no meio de tudo aquilo? Todos os humanos deveriam se unir com a intenção da sobrevivência. Mas a pior droga para o ser humano era uma que não se via ou sentia. Simplesmente a ânsia pelo poder liderava muitos humanos a enfrentar os outros humanos tendo os mortos-vivos sempre como desculpa ou como “aliado”. Juno fazia isso. Sacrificava pessoas sem poder ou que contestava sua autoridade. Apesar de que Ricardo seria a pessoa por trás desses planos, ela não fazia nada. E isso, ao chegar aos ouvidos dos dois, deixou o casal incólume de raiva.
Eli, após acordar depois do ataque de um desconhecido para eles, viu uma Isa com os olhos diferentes. Uma mulher que faria de tudo para matar aqueles que entrassem naquela casa. Dias se passaram e após exaurir os suprimentos da casa saíram com certo cuidado pela porta dos fundos. Seguindo ruas e ladeiras, chegaram a Catedral da Sé na cidade e pararam ali com o intuito de recuperar suas forças e comida. Isa veio em silêncio toda a viagem e a noite, Elileudo percebia que ela saia e sempre voltava cheia de sangue, como se tivesse fazendo justiça por seus companheiros caídos. Com a experiência vem certa habilidade, só que ele temia a mudança de sua companheira.
E assim dois meses voaram. Eli mais acompanhava Isadora para certificar-se de que ela não morreria. Tinha medo que ela fizesse alguma besteira...
– Isa – o garoto que nascera em Quixadá iniciou uma conversa com a mineira da cidade que deitava olhando para o teto da catedral – Temos que nos encontrar com o Vini. Se duvidar ele já está a nossa espera.
– Tudo bem... Mas eu passei dois meses procurando aquele homem e nem uma única pista. Vim descontando minha raiva nos mortos vivos da cidade, mas mesmo assim ela não passa.
– Isso é bom. – Elileudo continuou a dizer enquanto caminhava em direção da entrada – E se você não sabe o Vini me contou um segredo antes de nos deixar de falarmos.
– Qual?
– Talvez ele tenha conhecimento de como se faz a cura...
– Sério? – Isadora imediatamente levantou-se – Isso é verdade?
– Só podemos saber se formos nos encontrar com ele.
– Dois meses! Dois! E você não me contou isso!
– Contei... – o cearense ficou cabisbaixo – você que não quis ouvir.
– O que?
De repente a catedral foi aberta, porém Isa reconheceu a voz da pessoa que perguntara...
– Tem alguém aqui?
Era a inconfundível voz de Júlia Dalboni. Todavia, a felicidade durara pouco, por que ela trazia noticias as quais qualquer pessoa não queria ouvir...
28 de mar. de 2014
Dan Brown
E ai pessoal? Hoje vim falar de minha admiração por Dan Brown. Acho o autor simplesmente fantástico, suas histórias prendem o leitor de uma maneira que você não queira parar de ler até terminar todo o livro e descobrir todo o desfecho da história. Brown é autor de Ponto de Impacto, Fortaleza Digital, Anjos e Demônios, O Símbolo Perdido, O Código da Vinci e Inferno, sendo esse último seu último livro escrito atualmente.
Um pouco sobre o autor:
Dan Brown é um escritor norte-americano. Seu primeiro livro, Fortaleza Digital, foi publicado em 1998 nos Estados Unidos. A este seguiram-se Ponto de Impacto e Anjos e Demônios, a primeira aventura protagonizada pelo simbologista de Harvard Robert Langdon. Seu maior sucesso foi o polêmico best-seller O Código da Vinci, mas seus outros cinco livros também tiveram uma grande tiragem. Entre seus grandes feitos, está o de conseguir colocar seus quatro primeiros livros simultaneamente na lista de mais vendidos do The New York Times.
27 de mar. de 2014
Conto - Marcada
Marcada
Jards Nobre
Algumas pessoas não acreditam em maldição – eu também não acreditava –, mas como explicar o que aconteceu naquele entardecer? Desde então, vivo à espera da morte a cada instante. Todos nós sabemos que morreremos um dia. Mais cedo ou mais tarde, ninguém mais nos verá caminhando por aí, não ouvirá mais nossa voz nem perceberá qualquer sinal de nossa presença, porquanto simplesmente deixaremos de existir entre os vivos. A morte é a única certeza que temos em nossa vida. Talvez por isso mesmo a maioria prefira ignorá-la e fazer de conta que ela só chegará no momento certo, quando já estivermos cansados de viver, até então, goza-se a vida. Mas não é bem assim. Quisera eu continuar a pensar como os outros e esquecer que sou mortal, mas não consigo. A todo instante, a qualquer desequilíbrio ou incidente, penso que chegou a minha hora. Viver dessa forma é não viver. É como se a morte já houvesse chegado e entrado em minha mente, donde sairá para levar-me por inteira. Tem sido assim desde que entramos naquela casa.
Ela ainda existe. Está lá escondida no meio da mata, ninguém percebe sua existência. Nem sempre foi assim. Antes, era apenas um casebre situado à beira de uma estrada carroçável, onde vivia uma família pequena e muito pobre. Por seu terreiro, passavam, todos os dias, dezenas de pessoas, a pé, de carroça ou nos caminhões que iam para a cidade. Entretanto, com a construção da rodovia no outro lado da lagoa, a velha estrada ficou inutilizada. Ninguém mais queria passar por suas grotas que rasgavam a terra vermelha como se fossem arrastar as pessoas para o inferno. Nesse tempo, os moradores da casa foram embora e ela ficou abandonada. Depois que o velho sulino comprou aquelas terras e mandou cercá-la, a estrada então perdeu o contato com o resto do mundo. O mato cresceu, os arbustos tornaram-se árvores, escondendo da vista de todos qualquer sinal do casebre. Dizem que foi nessa época que a velha Salomé mudou-se para lá.
Era uma velha muito magra, corcunda e com poucos dentes, todos podres. Muito arredia, só aparecia no vilarejo uma vez por mês para fazer algumas compras, as quais pagava com ervas medicinais e rezas – dizia que tirava mau-olhado, quebranto e curava das doenças comuns. Quando punha os pés no vilarejo, as crianças corriam todas para dentro de casa, pois os pais – na verdade, as mães – diziam-lhes que ela pegava criancinhas.
Cresci com medo da velha Salomé. Quando me disseram que ela fora embora, pude viver aliviada a minha infância, mas nunca deixei de me sentir atraída pela velha casa abandonada no meio do mato. Meu maior desejo era, um dia, pular a cerca do velho sulino e entrar naquele casebre. Foi o que propus a minhas primas quando eu tinha quinze anos.
Éramos três adolescentes cheias de vida. Celina, minha prima e melhor amiga, era muito branca e gorda. Tinha o rosto cheio de sardas e sorria o tempo todo. Já Caterina, sua irmã, era menos simpática, resmungona, porém mais corajosa. Numa tarde de domingo, haveria a missa do padroeiro do vilarejo. Todos estariam na igreja, menos nós três, que resolvemos fugir para saciar nossa curiosidade.
Quando o sino deu as últimas badaladas, fui à casa das meninas – meus tios já haviam ido à igreja e elas lhes prometeram que iriam logo em seguida –, de lá, pela porta dos fundos, saímos em direção à mata. Eram umas quatro e meia. O sol brilhava radiante, nem vimos as nuvens escuras que surgiam no nascente. Passamos ágeis pelo pasto cheio de desmanto, que grudavam nas nossas saias e arranhavam nossas pernas. Apesar disso, ríamos à toa, tomadas pelo prazer que nos infligem as coisas proibidas. Só Caterina reclamava, mas menos do que eu imaginava que faria.
Chegamos à cerca que isolava a estrada e vimos, pela primeira vez, aspectos da casa. Lá estava ela com suas paredes brancas por trás dos galhos retorcidos das juremas. Sorri ao perceber que ela ainda existia. Fui a primeira a pular acerca. Minha saia quase se rasgou numa estaca, mas pus ilesa os pés do outro lado. Caterina ajudou Celina a transpor o obstáculo – pensei que a cerca fosse abaixo com o peso, mas deu tudo certo. A saia de Caterina, porém, não teve a mesma sorte que as nossas. Ao ouvirmos o barulho seco do tecido rasgando-se no topo da estaca, eu e Celina franzimos a testa e esperamos o choro da outra, mas, para nossa surpresa, ela apenas torceu os lábios vermelhos, dizendo que a saia estava mesmo velha.
Caminhar entre as juremas era difícil, precisávamos nos curvar e nos esquivar dos galhos espinhosos. À medida que caminhávamos em direção ao casebre, meu coração batia mais forte. A morada isolada da Salomé, a velha que marcou minha infância com sua aparência de bruxa e sua voz estridente, finalmente estava a poucos metros de mim. Havia anos que ninguém pisava ali. Como estaria a casa? Haveria ainda coisas de Salomé? Como seria por dentro?
Quantos cômodos? Haveria móveis? Um grande mistério de minha infância estava prestes a ser revelado e isso me punha muito ansiosa.
Fanfic - Sobreviventes do Apocalipse - Capítulo 11
Capítulo 11 - Eu quero Divar!
Enquanto tudo acontecia no sudeste do país conhecido por ser uma nação de festas, a situação no sul deste poderia se considerar estável. Marcela percebera que não demorara muito para elas chegarem a São José do Norte e de lá pegar uma balsa para Rio Grande. O porto ficava a menos de cem metros do Hospital Universitário Doutor Miguel Riet Corrêa Junior. Era naquele local a sede da tão falada resistência sulista. Resistência contra os mortos-vivos e similares que se aproximavam da estação. A rua toda estava sobre vigilância e o tanto de pessoas as quais se organizaram naquele local era imenso. Guaritas feitas em diversos pontos estratégicos com vidros reforçados o suficiente para que o guarda enviasse um pedido de socorro se encurralado. Ruas com dificuldades de locomoção, feitas justamente visando utilizar a mobilidade pífia dos zumbis contra eles mesmos. Tudo se encontrava muito organizado. Artilharia, pessoal, suprimentos... As garotas poderiam sentir-se seguras naquela região e um suspiro de alívio saiu de suas narinas.
– Uma coisa que devem aprender – o homem bigodudo que se introduziu primariamente começou – Aqui todos devem aprender as chamadas regras da sobrevivência.
– Tudo bem – retrucou Bianca sentindo-se confiante.
– Mas será duro e cansativo – alertou o homem de meia idade descendo do carro e ajeitando seu bigode – Aprenderam combate, primeiros socorros entre outras coisas que o próprio exército costuma aprender. A partir de agora vocês são soldados.
– O que? – perguntou Marcela, uma pessoa magra de cabelos cacheados cuja noção de duelos e batalhas era zero até o apocalipse – Como assim?
– A sociedade mudou minha jovem, cada um tem que fazer sua parte. E é bom quando você sabe um pouco de tudo – ele agora estufou seu peito e começou a caminhar, parecia militar pelas passadas firmes e contínuas – Além do que foi um pedido do baiano que salvou nossas vidas.
– Sim! Tocou no assunto que eu queria saber! – exclamou Bianca se esforçando a manter o ritmo de seu benfeitor – como conheceu o Vini?
– Antes disso, deem suas sacolas a Emmanuelle e a Raissa – ele apontou a uma guarnição a qual ficara logo na entrada do estacionamento – Elas guardarão em seus alojamentos.
Marcela tirou, ainda que desconfiada, sua mochila do ombro. Bianca logo a seguiu por que queria ouvir a história do senhor bigodudo, nome dado imaginariamente a aquele homem, afinal ele não havia se apresentado. Ainda que o fizesse, ela continuaria o chamando assim. Um apelido carinhoso dado ao homem que salvou sua vida e a vida de sua amiga.
A estrutura parecia algo estranho à primeira visão. Oito pavilhões retangulares ligados por corredores grandiosos e salas ainda maiores, visto que nos tempos de funcionamento o hospital fazia mais de oito mil internações e trezentas mil consultas por ano. Espaço confortável, bem climatizado e até ondas de rádio – mesmo com todo o apocalipse fazendo a comunicação ser cortada – existiam. Impressionou a organização: médicos continuavam a atender em alguns quartos, outros serviam de alojamentos aos essencialmente guerreiros. A área da engenharia ficava no último pavilhão de quartos e salas. O que aquele senhor bigodudo fizera com poucas pessoas era algo digno de cinema.
Ele virou uma curva e entrou num corredor com algumas salas exclusivas de reuniões. Uma fita com os dizeres em cima “Diretoria” dava o tom da situação improvisada em que viviam. Nas diversas portas, a gaúcha de Viamão observava que existiam nomes os quais remontavam decisões de governo: Távola Redonda, Blitzkrieg, Logística e Planejamento... Tudo com uma espécie de sala específica para a tomada de decisões. A última sala dizia apenas “Coffee Break” e que ela não entendia o porquê do nome em inglês.
– O que é ‘Cófi breáqui’? – indagou lendo com dificuldade.
– Coffee Break – consertou sua amiga de Piracicaba – É como se fosse uma pausa para o café, para socializar Maa.
– Ah sim! – ela entrou após o bigodudo – Agora entendi.
Logo que ambas jovens entraram, o senhor de meia idade fechou a porta e foi para o outro lado da mesa. Nela havia uma chaleira e três xícaras de vidro. Provavelmente o café havia sido feito instantes atrás.
– Meu nome é Bruno Portinari – disse o homem de bigode – Era general do exército brasileiro antes de tudo isso.
Ele encheu uma xícara e esperou por indagações. Bianca já imaginava aquilo e não se surpreendeu com a revelação enquanto que Marcela somente ficara de boca aberta.
– Conheci o Vini no início do Apocalipse, quando nós do exército tentamos conter a onda de pânico que estava tomando conta do país. Ele me deu um rádio e disse que se eu não conseguisse evitar o pior, que lhe contatasse – disse á medida de um gole e outro do café recém-feito – Não entendi muito o porquê daquela atitude de um ser que eu deveria proteger. Mas guardei o rádio, afinal ele poderia precisar de minha ajuda.
– Sim e o que aconteceu?
– Fui transferido de volta a Florianópolis, mas a linha de rádio ainda estava aberta. Defendi meu povo com unhas e dentes, só que conterrâneos meus morriam e tombavam a meu lado – lágrimas ameaçaram cair dos olhos do general, contudo ele as enxugou rapidamente – Transferi todos os sobreviventes para Balneário Camboriú.
– Quanto tempo faz isso?
– Vai fazer um ano. Foi então que eu contatei o garoto de vinte anos à época – Bruno colocou mais café em sua xícara – Conversei sobre a minha situação e ele primeiramente começou a me explicar sobre o vírus que assolava o mundo. Vocês sabem sobre ele ou o nome?
– Não. – disse Marcela.
– Desconheço também – completou Bianca.
– O vírus se chama Krocodil H, o qual apelidamos de Kroc – Bruno continuou cruzando os dedos das mãos - O nome vem de uma droga de mesmo nome. Ela tem uma das consequências mais devastadoras que existem afinal à pele da pessoa passa a ter um tom esverdeado e cheia de escamas, como a de um crocodilo.
– Não entendi
– Trata-se de uma droga sintética que possui estrutura quase idêntica à da heroína. Só que com um agravante: Ela causa necrose no local onde é aplicada, expondo ossos e músculos. Casos de viciados precisando de amputação ou da limpeza de grandes áreas apodrecidas em seus corpos são cada vez mais comuns – Bruno voltou-se a recostar na cadeira ao responder ao questionamento da paulista – Qual a característica que os zumbis mais têm em comum.
– Pele escamosa, às vezes com a mesma caindo do corpo. Olhos esbugalhados e, já vi por diversas oportunidades, ossos aparecendo... – dessa vez fora Marcela que tomou a palavra.
– Essas são as características mais marcantes de um usuário da droga original. Em humanos, isso precisa ser amputado. Nos zumbis, já viu a locomoção deles não?
– Sim!
– Então, o vírus utilizado nos soldados super-humanos tem essa enzima. A enzima criada a partir do Kroc. – Bruno suspirou – Só que existem pessoas os quais o Kroc não atinge. São imunes... É o que o próprio Vini disse uma vez: A natureza é perfeita e por isso os humanos, quer queira ou não, são subordinados a ela.
– Existem? Quais são essas pessoas?
– Elas são os divergentes. Possuem um gene da divergência – disse o homem de bigode se levantando e pondo suas mãos para trás – Os divergentes podem ajudar a conseguir salvar a humanidade com seu sangue e suor.
– Sério? E quem são eles?
– Você, Marcela, é um deles – o general apontou para a garota – por isso você e sua amiga receberão treinamento redobrado. Você quer salvar o nosso país ou ficar no ostracismo querendo sempre ser salva? Quer virar uma diva do novo mundo ou quer simplesmente ficar escondida? O que você quer... Divergente?
As questões de Bruno atingiram Marcela de um jeito a qual ela não poderia imaginar. Muitas ideias e imaginações permearam sua mente. Entretanto, a sua resposta não poderia ser diferente.
– Eu quero.
– Quer o que?
– ‘Divar’ no nosso novo mundo.
26 de mar. de 2014
Garota Exemplar, livro e filme, uma estória que você precisa conhecer!!!
Alguém já leu os romances da Gillian Flynn ???
Bom devo confessar que li apenas um, Garota Exemplar, e me surpreendi muito. E por conta de seu diário todas as pistas apontam que seu marido, Nick, foi responsável por tal fato.
Mas tudo muda de repente, e o que fazia dele um marido culpado o transforma em um homem temeroso.
Devo confessar o fim desta estória me surpreendeu e ao mesmo tempo me decepcionou.
Não posso contar o motivo, vocês terão que ler(risos)!
E pra quem já leu e quer deliciar-se ainda mais com esta estória, eu não poderia deixa de comentar que Garota Exemplar está virando filme e tem estreia prevista para o dia 02 de outubro deste ano.
Eu não pretendo perder por nada, preciso ver se é igual ao que minha mente tanto imaginou ou melhor!!
Fanfic - Sobreviventes do Apocalipse - Capítulo 10
Capítulo 10 - Um inimigo a espreita
– Conseguimos.
Foi o que uma garota de belas curvas e um sotaque gaúcho disse ao baiano que arranjara um iate na costa de Ilhéus. Eles se encontraram quando ele reconheceu a alta garota na divisa entre os estados da Bahia e Espírito Santo. Logo ele a recrutou e a pôs para navegar, pois necessitaria de uma mão no final das contas. O nome dela? Vitória Freitas.
Vitória havia sido deixada por seus pais em uma viagem ao Rio de Janeiro junto a Carla e a Endyell. Só que as garotas perderam contato umas das outras no exato momento que uma horda inteira vinda do centro do país massacrou o litoral. Correndo pela sua sobrevivência somente com uma mochila de roupas, a bela morena subiu para as cidades mais ao norte onde encontrou um grupo de resistência. Lá treinou, lutou contra a onda da morte que se aproximava cada vez mais, porém se viu a subir ainda mais o Brasil quando todos seus companheiros sucumbiram. Seu caminho fora solitário e sobrevivera basicamente de alimentos estragados postos nos supermercados antes do apocalipse. Viu a miséria. Comeu o pão que o diabo amassou. Tudo isso para sobreviver e quiçá encontrar alguém para pelo menos ter com quem conversar.
A mulher de um metro e setenta e três chegou a Ilhéus um mês após a morte de seus amigos. Sozinha, perguntou se ficaria maluca, como aqueles presos que ficam na solitária. Como no filme “Náufrago”. Ainda descabelada deparou-se então com um Vinícius transferindo algumas coisas para o Iate recém-conquistado por ele. Munição, alimentos, tudo o que tinha direito. E por causa disso, retirando todas as forças que tinha, correu em sua direção. O baiano, a primeira vez, pensou que ela era uma morta-viva, contudo reconhecera o rosto e corpo da garota. Vitória participava de um grupo o qual Vinicius era membro e destes, ela era a que mandava mais fotos de si.
O jovem nascido em Salvador não pestanejou em colocar ela na embarcação. De banho tomado e vestida com uma blusa simples, porém curta e uma calça justa jeans atrelado a um tênis surrado, ela passou a conversar com ele. Primeiro humano que ela via em meses. Claro que ela falaria até os ventos, ainda que Vinicius fosse uma pessoa que gostava mais de escutar do que de falar. Isso, tendo em vista que o soteropolitano falava mais rápido que seu pensamento e por isso por vezes embolava a fala.
– Vini! Graças a deus você apareceu! – disse Vitoria surgindo na popa e descendo para ajudá-lo a carregar as coisas.
– De nada linda – o jovem de vinte e um anos nunca deixara de ser gentil com qualquer pessoa – Não vou lhe perguntar o que fez para sobreviver. Só me ajude com essas caixas. Precisamos descer para o Espírito Santo em questão de horas.
– Por quê? - indagou colocando uma leve mochila de roupas em cima do barco.
– Uma hora você saberá. E na hora certa, você dirá conseguimos.
– Não entendo charadas Vini... Sou lerda.
O jovem levou à mão a cabeça enquanto ria. Vitoria continuava a abastecer o grande iate. Não falaram mais nada por algumas horas, focando apenas da velocidade de encontro dos diversos suprimentos. Sozinho, Vini duraria dias para abastecer algo que levou apenas duas horas. Para uma pessoa a beira da loucura, a bela gaúcha comportou-se bem e não desandou a falar. Talvez em respeito a seu benfeitor. Talvez com a consciência de que teria que se calar até realmente estar em segurança... Só que internamente ela fez uma promessa: Ajudar seu patrono em qualquer dificuldade. Tudo o que aprendera durante a vida no apocalipse iria utilizar naquele momento. Detinha o conhecimento de que ele ainda procurava por Jaqueline, afinal o mesmo tinha dito entre uma frase solta e outra durante o carregamento. Porém se importou mais em ajudar. Em estar ali. E não sairia mais.
– Sobre meu enigma – disse quando embarcou uma grande quantidade de armas e, por fim, uma enorme caixa de som e aparelhos musicais – Vamos salvar algumas pessoas em Vitória.
– Eu vim de lá, Vini. Não tem ninguém, tive que subir pra cá se quisesse sobreviver – disse ela se inclinando no painel de controle do navio.
– Digamos que você não passou pelo litoral – o soteropolitano, formado em Economia iniciou o processo de movimento do iate – Lá tem gente lutando por sua própria sobrevivência.
– E como você sabe?
– Por que um ser superior me disse.
– Já disse para não usar de ironias Vini... Sou lerda.
– Digamos que alguém me disse.
– Quem seria essa pessoa?
– Você gostaria de conhecer o mensageiro da morte? – a voz do baiano mudou. Respondeu seriamente ao invés de sorrir como sempre fazia antes de uma resolução.
– Sim.
O baiano se surpreendeu e ela continuou
– Se ele ameaçar meus amigos, eu quero ter um encontro com esse mensageiro da morte.
E assim a dupla partira de Ilhéus para a Ilha do Frade. O tempo foi estimado em seis horas e com a lua como testemunha de uma aliança que faria até mesmo o mais forte dos inimigos tremerem. Uma sobrevivente com um divergente. Uma guerreira por sobreviver sozinha por muito tempo, que não sucumbiu à loucura – apesar dos demônios imersos e confusos de sua mente – com um exímio estrategista o qual tinha um passado obscuro. Ambos iriam mexer as bases das resistências brasileiras...
***
Elaine e Carla corriam desesperadamente para fugir de Zumbis que estavam em seu encalço. Dobraram várias esquinas, todavia a cada pisada no chão uma poça de água estava presente. Os tênis molhados, a roupa pesando... Tudo contribuía a um alcance rápido da horda que as seguiam. Carla se ofereceu a ficar e dar um tempo para a catarinense fugir, somente desistindo da ideia quando percebera que era inútil lutar em um local aberto com uma possibilidade de ser pega por todos os lados. Por sua vez a ruiva seguidora de Jaqueline e Júlia dirigiu-se a uma intersecção desconhecida por ela. Procurava voltar à farmácia das armas e dali fazer um forte. A ideia seria razoável se ela soubesse como atirar.
– Nani! Calma mulher! Não se distancie de mim! – Carla teve que gritar a fim de chamar a atenção de sua amiga já distante. Gritos num momento como aquele era fatal – Fique perto!
Só que Elaine não ouviu. A chuva apertou fortemente e o barulho fez parte dos mortos-vivos recuarem. Moradora da cidade de Pelotas antes do apocalipse atingir o mundo, a jovem com o sobrenome de uma capital tentou apertar o passo.
A garota sumira de sua visão. Não poderia deixar ela perdida numa cidade onde zumbis poderiam estar a qualquer lado e atacar a qualquer momento. Por este motivo e pelo lema de nunca abandonar um companheiro quando ele estiver em dificuldade, Carla manteve sua procura ainda da baixa visibilidade.
Em um prédio, Carol Ramos segurava a garota contra a parede. A jovem que saíra do campo de visão de sua amiga encontrava-se defronte a Anderson Morais. Antes de qualquer grito, ele socou sua barriga fortemente fazendo-a curvar-se e ajoelhar-se no chão após sua parceira a soltar.
– Elaine! Quanto tempo? Diria eu – Anderson utilizou um tom sarcástico na voz – Alguns meses?
– Dan...
Era o apelido do homem. Eles já se conheciam anteriormente: ambos participavam do mesmo grupo que Vitória e Vinicius estavam.
– Não precisa dizer nada agora...
E mais um soco. Esse no rosto para fazê-la desmaiar. O impacto foi tão forte que Carol chegou a virar o rosto quando o murro de Anderson atingiu a face de Elaine. Quando esta última caiu, ele somente disse.
– Usaremos ela para chegar nas duas divergentes.
– E o que faremos com o Vinicius e seu resgate no Espírito Santo?
– Ele não vai conseguir colocar os três no barco.
– Você mandou quem?
– O mais forte de nossos amigos. E isso vai me dar tempo suficiente para capturar às duas que estão aqui.
– Quem é mais forte da nossa facção?
– Vai saber na hora – disse Anderson carregando a garota caída – Agora vamos, antes que os mortos-vivos atinjam nossa porta e nos matem por não termos o gene da divergência.
Os dois caminharam para um Hummer H3 que se encontrava estacionado na esquina. Subiriam a serra de carro, e com isso atrairiam a atenção indesejada. Mas o Hummer era um bunker vivo e com rodas, e isso Anderson gostava mais do que capturar pessoas
Ele amava matar zumbis.
Filme "A Culpa é das Estrelas" é antecipado no Brasil
Fãs do Green comemorem o/ John Green divulgou que o lançamento de A Culpa é das Estrelas vai ser antecipada no Brasil e em outros países *----* Nossa espera será menor *o* A estreia estava marcada para o dia 12 de Junho e foi antecipada para o dia 05 de Junho. A antecipação fará que o Brasil seja um dos primeiros países a receber o filme. Além do Brasil, Inglaterra, México, Alemanha e Austrália também tiveram suas datas alteradas.
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