29 de out. de 2014

News Belas-Letras


Joanna de Assis, a bola da vez

Aos 32 anos, Joanna de Assis já é considerada uma das melhores repórteres esportivas do país. Desde que iniciou no jornalismo em 1999, no jornal A Gazeta Esportiva, ela passou pelos maiores portais do país - dentre eles, Terra, Uol e Globoesporte.com. Agora, em 2014, o desafio é outro: Joanna está prestes a lançar o seu primeiro livro, pela Belas-Letras.
Para-Heróis é um livro-reportagem que conta a emocionante história de 10 portadores de deficiência com um sonho em comum: tornarem-se campeões paralímpicos. O livro chega às livrarias em 10 de novembro, mas quem leu os originais antes mesmo da publicação se surpreendeu com a intensidade da narrativa de Joanna. "Uma obra-prima sobre acreditar no impossível", escreveu o técnico tricampeão olímpico José Roberto Guimarães. "Para-Heróis é um daqueles livros que nos fazem ter orgulho de pertencer à espécie humana", comentou Ricard
o Setti, da Revista Veja.
Atualmente, Joanna é repórter do SporTV e participa do programa Bem, Amigos, de Galvão Bueno. A sua primeira aparição no canal, no entanto, veio ao acaso: um dos colegas havia se ausentado e ela foi escalada de última hora para cobrir uma partida de futebol. Há 11 anos no mundo do esporte, a jornalista teve de aprender a lidar com o preconceito em relação às mulheres presentes dentro de campo. E driblou bem: neste ano, cobriu pela primeira vez a Copa do Mundo. "Apesar de meus times favoritos perderem, foi uma experiência maravilhosa", conta. No currículo, Joanna traz entrevistas com Roger Federer, Rafael Nadal, Ronaldo Fenômeno, Boris Becker, Ryan Lotche, Isinbayeva, Usain Bolt. Mas ela nunca está satisfeita. "Acho que posso fazer ainda mais".

"Acredito que o esporte tem um poder imenso na vida das pessoas"

Confira uma entrevista de Joanna de Assis sobre seu primeiro livro, Para-Heróis:

1. Como foi a experiência de escrever seu primeiro livro, já com a responsabilidade de contar histórias como essas?
Não é a toa que dizem que livro é como se fosse um filho. Imagina então o primeiro? Foi uma experiência fantástica, exatamente por ter tido a honra de contar histórias que mudaram a minha maneira de ver a vida, sem exagero. Sou hoje uma jornalista e uma pessoa melhor, com certeza. Conto para todo mundo parte das histórias que ouvi, e não tem uma pessoa sequer que não diga para mim "quero ler isso". 

2. Você pode destacar uma história em especial que mais te tocou? Por quê? 
Sei que vai cair no clichê, mas todas as histórias são fantásticas, e não foi fácil escolher. Mas é claro que existe sempre um personagem que mexe mais com você, e no meu caso se trata da Rosinha, a pessoa mais alegre que eu já conheci. Também fiquei muito mexida com a Terezinha. Para escrever o perfil dela e dos outros deficientes visuais, fiquei completamente vendada. Para mim, uma das passagens mais fantásticas do livro é contar que Terezinha só descobriu que era cega com 13 anos. Até chegar a essa idade, ela vivia sem enxergar sem saber. A falta de visão, para ela, era a visão de todos. 

3. O que estas histórias te ensinaram para sua vida como repórter do SporTV? 
As histórias mudaram o meu jeito de olhar uma série de situações. Hoje eu sou ainda mais apaixonada pelo esporte paralímpico, acredito que o esporte tem um poder imenso na vida das pessoas. Digo que para se interessar por esse livro você não precisa gostar de esportes. Basta gostar de grandes histórias. Não é um livro de auto ajuda, é realidade crua. É o lado que ninguém viu. 

4. Quais as lições mais valiosas que estes paratletas podem nos ensinar sobre a vitória? 
Eles não têm limite, e isso soa irônico quando estamos falando de deficientes, porque a vida deles é lidar com limites. Mas eles não se importam com isso. A maior parte deles precisou descobrir na marra como viver com suas dificuldades físicas. Eu acredito que nenhuma pessoa sem deficiência sabe do que é capaz. Já os para heróis sabem, e isso por pura necessidade. Uma pessoa com as pernas perfeitas não sabe dizer o que poderia fazer se do dia para a noite perdesse uma perna, ou perdesse a visão. Eles precisaram descobrir, foram desafiados, e com coragem mostram todas as possibilidades do corpo humano. 

5. Quais são seus próximos projetos como repórter e como é a rotina de um repórter que cobre esporte?
Este ano foi um ano especial, de Copa do Mundo, e no mês que vem sigo para a China cobrir o Mundial de Ginastica. A rotina de quem cobre esporte é não ter rotina! (risos). Ainda quero escrever outro livro, e pretendo me lançar como roteirista também, assim que o futebol deixar. Se deixar...


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Um comentário:

  1. Adorei a entrevista com a Joanna. Parece muito bacana e emocionante o livro. Com certeza, livro para todos. Uma vez na faculdade, eu fiz um trabalho com o time de futebol de 7 (portadores de deficiência). Nossa, foi um dos melhores trabalhos da minha vida. Quero muito ler. ;-)

    Beijocas,
    Carol
    www.pequenajornalista.com.br

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