13 de mai. de 2014

Conheci, acompanhei, ouvi, vivi e li


ATENÇÃO! PODE CONTER SPOILERS

Sim, eu já fui aluna de Hogwarts e vi a grande batalha onde o Leão vence a Feiticeira Branca. Presenciei todos os anos de Emma e Dexter nos mais diversos lugares do mundo. Voltei no tempo para sentar na primeira fila quando a peça Romeu e Julieta foi estreada. Conheci os melhores momentos do amor de Lucinda e Daniel e também vi quando Isabella Swan finalmente se tornou uma vampira. Foi triste ver Augustos em um caixão, ele era um garoto maravilhoso, afinal, aprendi com ele e Hazel Grace que o infinito é só uma questão de ponto de vista. Eu estava lá quando a maçã caiu da mão fria da Branca de Neve, eu vi o apaixonado beijo do príncipe na Gata-Borralheira. Sim, meu amigo, eu lutei nos Jogos Vorazes e fiz parte de muitas revoluções. Há! Eu estive lá quando Os cães viram coisas e ri muito quando um certo cachorro chamado Marley destruiu um sofá inteiro. Queridos, eu corri com Iracema aquele meio mundo de chão. Me divertir com as mais engraçadas tramoias da bonequinha de pano e também ouvi histórias de um morto no seu próprio velório.
Visitei o inferno de Gabriel e pretendo ainda visitar o de Dante. Viajei com uma morte muito amigável por uma Alemanha em plena Segunda Guerra para observar uma encantadora ladra de livros. Presenciei várias batalhas magníficas em busca de fins para os mistérios religiosos e a cada vez mais que me sento para ler Dan Brown eu me apaixono ainda mais, se possível, por Cristo, pois desvendar o código de Da Vinci não me fez menos crente no homem que Jesus Cristo é e sim o absoluto contrário.
Ouvi atentamente um depoimento de uma imortal em busca do seu passado tão obscuro e que apesar de distante, sempre a atormentou. Tive um enorme prazer em conhecer um casal muito viciante, capaz de causar sérios terremotos a sua volta. Travis Maddox e Abby Abernathy me mostraram mais uma forma de amar e continuar amando sem precisar mudar ninguém. Vivi na pele de uma garota sem memória encontrada no meio da floresta por um cara que tem como sobrenome Misterioso. No meio do livro eu já não tinha mais unhas. Também vivi na pele de um garoto e não me lembro ao certo quantas vezes eu perguntei quem era Alasca, poderiam ser milhões de vezes, ninguém me responderia. Só eu mesma.
Visitei China, Japão, Londres, Paris, Nova York, Los Angeles, Índia, California, Florida, Rio de Janeiro, Toronto, até o Inferno e muito mais. E posso garanti que tudo que vi foi perfeito, foi até mais que perfeito, porque eu vi do meu, e só do meu jeito. Mas, devo acrescentar, que ainda foi pouco...
Sim! Ainda foi muito pouco. Há muito mais aventuras lidas por mim do que mencionadas anteriormente, mas ainda é muito, muito e muito pouco! Porque assim é que funciona um viajante como eu e você. Não importa quantas páginas já tenhamos percorrido, sempre estaremos com fome! Sempre vamos querer mais. Nada nos sacia além do infinito de palavras.
Livros! Montanhas e montanhas de livros! Histórias! É isso que nos mantém vivos. Cada livro é um portal, um portal misterioso que te levará para onde ele quiser e você adorará. Não há como resistir. O próximo capítulo estará sempre ali, sempre vencendo o seu sono.

                É garantido, não precisamos de muito dinheiro para rodar o mundo. Vá com calma, primeiro a estante, depois... Bem, depois você é quem sabe. Pra mim, o depois é só um detalhe de passagens, das quais eu tenho milhares. E você?

por Lara Teixeira ;-D

3 comentários:

  1. Olá Lara! Que texto lindo!
    Realmente os livros nos fazem viajar para diversos lugares, conhecer diversas histórias sem sair do lugar. Como futura professora eu vou incentivar meus alunos a ler, porque além de engrandecer a alma e o conhecimento, também faz a gente feliz. Li muitos spoilers mesmo, mas nada que eu já não tenha lido.. kkk Saudades Gus, Hazel e Liesel :/ Os personagens de quem mais sentirei saudade. <3

    Beijos,
    Mari Siqueira
    http://loveloversblog.blogspot.com

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  2. O legal do seu tipo de texto é que nos faz nos sentir mais grandiosos e onipotentes pelo simples fato de lermos. Como se cada universo paralelo de nossas leituras fizesse parte de um único contexto segregado, e tivéssemos o poder de transitar entre cada um deles - e TEMOS.

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